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Arquitetos: 73.Onze Arquitetura
- Área: 1039 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Israel Gollino

Descrição enviada pela equipe de projeto. Implantada em um condomínio residencial, esta residência foi projetada como casa de veraneio para uma família, com a possibilidade de locação para temporadas. A escolha dos materiais valoriza as características naturais e culturais da região, com o uso de madeira, telhado de taubilha, reboco rústico, cimento queimado e pergolados em eucalipto roliço, conferindo identidade e integração com o entorno.


Na área de acesso principal, um pergolado central atua como cobertura e elemento de transição, emoldurando a porta de entrada. Ao adentrar a casa, revela-se imediatamente a vista da piscina, estrategicamente posicionada no mesmo eixo visual, criando uma dinâmica fluida entre interior e exterior, além de proporcionar uma agradável surpresa visual. Nessa mesma fachada, um brise vertical em pranchas de madeira foi desenhado de forma a se camuflar com a textura da porta quando fechado, oferecendo controle de luminosidade e ventilação ao ambiente interno sem comprometer a estética.


O terreno em declive, voltado para uma área comum arborizada do condomínio, influenciou diretamente na estratégia de implantação da residência. Optou-se por posicionar a construção levemente abaixo do nível da rua, minimizando o impacto visual da volumetria na fachada frontal. Essa solução permite que a casa se integre de forma discreta à paisagem, mesmo com a área generosa ocupada pelo programa arquitetônico.


A edificação é organizada em três blocos distintos: o primeiro, voltado para a frente do terreno, abriga duas suítes com cobertura em laje impermeabilizada e preenchimento em argila expandida para conforto térmico; o segundo, localizado ao centro, concentra as áreas sociais — estar, cozinha e serviços — e se articula com o espaço externo da piscina; o terceiro bloco, implantado nos fundos, tira partido da declividade natural do terreno para abrigar dois pavimentos. Nele, está localizada a suíte principal no andar superior, com uma ampla varanda voltada para a mata do condomínio. O guarda-corpo, projetado como banco, amplia o uso do espaço e proporciona uma experiência de contemplação e descanso.




Embora implantados em blocos separados, todos os dormitórios seguem o mesmo raciocínio arquitetônico: são acessados por uma circulação externa em deck coberto, que também funciona como varanda. Essa solução reforça a integração com o paisagismo, promove momentos de convivência e contemplação ao ar livre, e cria uma narrativa contínua entre os volumes, mesmo sem conexão interna direta entre eles. A estratégia valoriza a vivência externa da casa, estimulando diferentes formas de uso e apropriação dos espaços.



As ripas de madeira roliça reforçam a unidade formal do projeto, aparecendo tanto no forro do pergolado quanto em elementos verticais do segundo pavimento, atuando como filtro de luz, controle visual e elemento de privacidade.

O projeto de interiores também foi desenvolvido pelo escritório, priorizando mobiliário produzido por fornecedores e artesãos locais. As peças contemporâneas, em sua maioria com base neutra, criam um contraste elegante com os elementos naturais, reforçando o caráter acolhedor e sofisticado da residência.














































